A Telemonitorização de Depressão e Alterações do Sono visa promover um acompanhamento contínuo dos doentes por forma a melhorar a sua qualidade de vida e obter ganhos em saúde, com recurso a uma abordagem centrada no doente, e o estabelecimento de parcerias com estruturas da comunidade.
As perturbações do sono podem manifestar-se de diferentes formas, onde se incluem a insónia, as perturbações respiratórias do sono e a hipersónia, entre outras.
A insónia é a perturbação do sono mais frequente e caracteriza-se por dificuldades em adormecer e/ou acordar mais cedo do que o habitual, resultando numa sensação de sono não reparador ou insuficiente e causando disfuncionalidade, muitas vezes descrita como fadiga diurna.
A avaliação clínica das perturbações do sono é feita tendo em conta a aplicação de questionários específicos e da realização de métodos de diagnóstico polissonográficos e actigráficos.
As perturbações do sono têm uma relação bidirecional com as perturbações mentais, nomeadamente com a ansiedade e depressão.
A depressão é uma perturbação psiquiátrica caracterizada pela instalação gradual de sentimentos de tristeza persistente e perda de prazer em atividades anteriormente sentidas como prazerosas. Estes sintomas habitualmente fazem-se acompanhar por outros achados, nomeadamente sentimentos de menos valia, irritabilidade, apatia, desesperança, cansaço, dificuldade de concentração, perda de libido, diminuição do apetite, alterações do padrão de sono e pensamentos suicidas.
Quer para as perturbações do sono quer para a perturbação depressiva, os parâmetros monitorizados irão permitir avaliar:
25%
20%
incapacidade
perda de anos de vida saudáveis
Sociais
Clínicos
no Hospital ou CSP e avaliação clínica e social por parte da equipa multidisciplinar, com confirmação do cumprimento dos critérios de inclusão;
no programa de TeleMonitorização dando o seu consentimento informado;
à TeleMonitorização e configuração dos equipamentos para monitorização remota, isto é, para medição dos parâmetros vitais e comunicação dos mesmos às equipas clínicas;
(algoritmos de intervenção individual), com alertas definidos de acordo com o critério da equipa médica;
a partir de casa (por norma, operacionalizado pelo cuidador) regra geral, ocorrem medições diárias dos sinais biométricos, sendo os dados registados eletronicamente (ex telemóvel via Bitalino)
Com base nos dados registados pelo doente/cuidador a partir do domicílio, são identificados, pela central de monitorização da plataforma instalada, sinais de alerta que permitem uma atuação imediata por parte da equipa clínica.
a. Contacto telefónico com o doente/cuidador para eventuais correções de tratamento do doente ou de falhas na monitorização;
b. Encaminhamento prioritário do doente, vi notificação, para consulta externa ou serviço de urgência nos casos em que se revele necessário;
c. A ocorrer, a prescrição eletrónica evita que o doente tenha necessidade de se deslocar ao hospital, em casos de revisão de medicação.